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Preocupações com o Credito já surgem no Brasil.

O Brasil atravessa uma fase relativamente estável, a economia aquecida e em expansão, mas o mercado de crédito imobiliário já se preocupa com o futuro, visando atrair novas fontes de recursos para a produção e aquisição de imóveis. O que mais se tem discutido são as alternativas de crédito de longo prazo, uma ferramenta já muito conhecida na Europa é o “covered bonds”, um mecanismo de captação de recursos para investimentos no setor imobiliário, e talvez seja essa a alternativa para atrair outros fundos para o financiamento imobiliário uma vez que os mecanismos já existentes, como a poupança, o FGTS e o FAT já preocupam os mais otimistas do mercado imobiliário.

Não se acredita em um rápido esgotamento das fontes atuais de recursos, principalmente da poupança. É apenas uma precaução, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). Afinal, só em março último, pela primeira vez no ano, a poupança registrou depósitos maiores que as retiradas, com captação líquida positiva de R$ 416 milhões. O total de depósitos de poupança nos agentes de crédito imobiliário, em março, atingiu a marca de R$ 304,7 bilhões, o que representou um aumento de 17% em relação ao mesmo mês de 2010.

Entre abril de 2010 e março de 2011, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) aplicou um total de R$ 62,2 bilhões (63% a mais que no período anterior). Foi suficiente para financiar a construção de 451 mil unidades, ou seja, 39% mais do que nos 12 meses anteriores.

Segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), as discussões sobre novos mecanismos de financiamento imobiliário estão apenas começando, mas há quem acredite que esses recursos vão se esgotar a partir de 2013.

O crédito imobiliário no Brasil cresceu de R$ 4 bilhões em 2002 para R$ 76 bilhões em 2010, o futuro do credito imobiliário foi inclusive preocupação apresentada pela FIESP (Federação das industrias do estado de São Paulo) no ConstruBusiness 2010, onde o estudo prevê as necessidades do setor imobiliário para 2022.

Sem dúvida a preocupação existe pois sabemos que se o crescimento continuar no ritmo que estamos os recursos hoje utilizados não serão suficientes para a demanda nos próximos anos.

Fonte: Valor Econômico

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