Crise faz número de corretores aumentar no Brasil
Fenaci estima crescimento de 23,2% nos últimos 4 anos e afirma que profissão segue em expansão
A crise pela qual passa o País, principalmente nos últimos dois anos, afetou todos os setores da economia brasileira. O mercado imobiliário foi um dos mais impactados e a queda nas vendas fez muitos corretores desistirem da profissão. Porém, o inverso também ocorreu: pessoas de outras áreas que ficaram desempregadas enxergaram na negociação de imóveis um bom caminho para recomeçar a carreira.
Segundo estimativa da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci) o número de corretores aumentou 23,2% de 2013 para 2017, passou de 284 mil para 350 mil profissionais. A alta, claro, é menos expressiva do que a registrada entre 2008 e 2013, período de efervescência do mercado imobiliário, quando a quantidade de corretores cresceu 83,1%, de 155 mil para 284 mil. Os dados são do Sistema Cofeci-Creci.
“A profissão de corretor de imóveis, independentemente do que se passa com a economia, está sempre em expansão, pois as pessoas continuam nascendo, crescendo, indo morar fora, casando e separando. Tudo isso demanda moradia. Vale sempre lembrar que vivemos num país cujo déficit habitacional se mantém na faixa de 5,8 milhões de moradias”, ressalta o presidente da Fenaci, Joaquim Ribeiro.
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Fenaci estima crescimento de 23,2% nos últimos 4 anos e afirma que profissão segue em expansão (Foto: Shutterstock)
Segundo Ribeiro, não só de imóveis novos vive o corretor. No momento em que há pouco movimento na construção civil, o mercado de usados representa uma considerável fatia dos negócios. “Um dos pontos que mais atraem na profissão é o fato de o próprio profissional poder fazer o seu salário. Isso talvez explique a existência de interesse em ingressar na atividade por parte de pessoas com ótimo grau de instrução”.
Busca de espaço
O consultor imobiliário e palestrante Wagner Nogueira, delegado titular do Creci-SP, acredita que a profissão acolhe pessoas que buscam novo espaço no mercado de trabalho e dá chance aos mais jovens.
“Aqueles que olham a profissão com respeito e reconhecem que o resultado advém do conhecimento e dedicação, encontram na corretagem excelentes resultados, o que faz os números de inscrições nos conselhos regionais não pararem de crescer”.
Para Nogueira, há inúmeras vantagens em ser corretor. Entre elas estão a não limitação de idade, a possibilidade de bom retorno financeiro e a flexibilidade de horário. “A busca por qualidade de vida e autonomia do tempo é um diferencial que encanta quem pretende ingressar na profissão”.
Esta matéria foi postada originalmente no site do ZAP PRO, Clique aqui para ler no site do ZAP